Santo do Dia

Sunday, February 19, 2006

19 de Fevereiro.


SÃO MARTINIANO
São Martiniano foi eremita, mas acabou por tornar-se andarilho para que o pecado nunca o achasse "em endereço fixo".
Seu argumento é justificável, já que ele pôde comprovar pessoalmente como a carne é fraca e a vigilância tem que ser constante, principalmente para quem escolhe uma vida santa e sacrificada. Ele havia sucumbido ao prazer da carne, mas encontrou força na fé para se recuperar. Esse é seu exemplo maior.
Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, e ali viveu no século IV. Muito jovem, entregou-se à vida reclusa e passou a viver como eremita numa montanha próxima à sua cidade natal, onde permaneceu por vinte e cinco anos. Sua fama percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual e até a cura de doenças e expulsão de maus espíritos.
Ganhou fama de santo e essa fama atraiu Cloé. Cloé era milionária e conhecida como uma mulher de maus costumes. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o santo se perder. Trocou suas roupas luxuosas por andrajos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, mas tratou de dormir longe dali.
Mesmo assim, ao voltar pela manhã, Cloé trocara os farrapos por uma roupa muito sensual. Com argumentos espertos seduziu Martiniano, que só ao sair da caverna para atender discípulos, muitas horas depois, é que percebeu o que fizera.
Arrependeu-se e converteu Cloé que, a partir de então, recolheu-se ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. Santificou-se como consagrada.
São Martiniano mudou-se dali para uma ilha. Mas, certa vez, nas águas que rodeavam a ilha, naufragou um navio e uma passageira donzela lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ficasse, mas abandonou o lugar a nado, apesar de o continente ficar muito distante.
Conta a lenda que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme. O fato é que, ao chegar, tomou outra decisão radical. Tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e acabar abordado pelo pecado.
Passou a viver da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu.
S. Conrado de Placência, confessor, +1351
Os ecologistas talvez não simpatizem muito com este santo, pois durante uma caçada de lebres e faisões pôs fogo a uma floresta. Os camponeses revoltaram-se porque tiveram muitos prejuízos. O governador da cidade condenou à morte o primeiro suspeito, que na ocasião estava no bosque. O verdadeiro culpado, Conrado Confalonieri, quando soube que um inocente pagaria por ele, confessou-se culpado e propôs-se pagar os prejuizos. Assim fez, tornando-se muito pobre. Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou na Ordem Terceira de S. Francisco. Em 1315, a esposa, Eufrosina, inflamada pelo zelo do marido, entrou para o convento franciscano de Santa Clara de Placência.
Conrado, também como frade, sua vida errante, mudando de mosteiro a cada momento. Mas era muito bom e piedoso. Em 1343 chegou a Siracusa, na Sicília, e estabeleceu-se na cidade de Noto. Escolheu como habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade seguia-o como a sombra e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava.
Quando percebeu que as muitas visitas perturbavam a sua vida de oração, frei Conrado levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzoni, que foi depois chamada de gruta de São Conrado. Aí morreu a 19 de fevereiro de 1351.
Frei Conrado foi sepultado na mais bela entre as esplêndidas igrejas de Noto: a igreja de são Nicolau que em 1844 se tornou a catedral da nova diocese. Em suma, Conrado abandonou a vida de incendiário de floresta e teve a vida toda incendiada no amor de Deus e para o bem das almas.




São Flaviano


O santo de hoje é reconhecido mártir pela ortodoxia da fé; São Flaviano foi fiel à Verdade até a morte. Pertencente ao clero, Flaviano chegou a ser eleito Patriarca de Constantinopla e, neste posto de serviço, teve que enfrentar no século V, duros conflitos políticos e religiosos.
São Flaviano era nobre, virtuoso e muito sábio, por isso, tendo que enviar um presente simbólico de patriarca para o imperador, ele mandou um pão bento na Missa Solene, isso como sinal de paz e concórdia. O primeiro ministro, por sua vez, devolveu, pois só aceitaria se fosse um vaso de ouro; a resposta do Santo foi lembrar que: "Os vasos de ouro são de Deus e dos pobres, seus representantes".
Estes acontecimentos irritaram o imperador e o ministro; juntamente estava também o monge Eutíquio e seus discípulos, na heresia que Cristo era uma só pessoa, porém com uma natureza divina que consumiu a natureza humana. São Flaviano protegia a verdade que Cristo é uma só pessoa com duas naturezas, a divina e a humana e, não deixou de combater e condenar mais essa mentira que atacava a Sã Doutrina.
Descontente, o religioso Eutíquio, com base num falso concílio, somado com o ódio e poder do Imperador e do Ministro, conseguiu – sem a aprovação do Papa – mandar prender o santo bispo, submetê-lo a torturas e ao desterro. São Flaviano entrou no Céu, por não agüentar os maus tratos dos inimigos da verdade: que Jesus Cristo é uma Pessoa Divina que assumiu verdadeiramente a natureza humana em sua encarnação.


São Flaviano, rogai por nós!


(FONTE: Disponível em: <http://www.evangelhoquotidiano.org/>. Acesso em: 19 fev. 2006)
e
(FONTE: Disponível em: <http://www.santamissa.com.br/santo/santo.asp>. Acesso em: 19 fev. 2006)

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